Hoje, pedi pra morrer.
É assim sempre que sinto dor, quando percebo que essa dor não tem como dividir, nem aliviar. Só posso passar por ela sozinha. E como falar de dor? Como fazer entender o sentir, a ardência, a angústia, a falta de ar, o desgosto, e enfim, o desânimo? Falar não transmite a dor. Nem faz ela ser menor. E na escala de um a dez, quando chega a oito eu peço pra morrer.
Quando remédios não resolvem, quando as preces são insanas, quando o choro virou vício, quando o desespero é a única companhia, eu peço pra morrer.
Quando penso nas causas, quando penso nas consequências, quando vejo minha culpa e prevejo meu futuro, eu peço pra morrer.
Todo dia, eu morro um pouco. E todo dia eu renasço.
Leca Castro - 21/08/13
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Já já eu libero ;-)