14/01/2015

Pela primeira vez, escrevo sem rascunho, diretamente no blog.

Tenho feito um trabalho comigo, desde o ano passado, em amar sem me apegar. Na minha cabeça isso sempre soava como não-amor, desamor, falso amor, entre outros amores negativos. Até que, graças à ajuda de minha terapeuta, venho aprendendo que o desapego não é amar menos, mas é não sofrer por amar. É ver quem você ama te magoando e cada vez mais doer menos, sem que pra isso o amor que eu sinto diminua. Sem que isso soe como um paradoxo.

Venho aprendendo que quando sou magoada, é o orgulho que fala alto, não o amor. Quanto mais eu amo, menos orgulho tenho, menos sinto a mágoa. Tento me conscientizar que quem está me fazendo sofrer, está criando pra si uma responsabilidade que não é minha. Sou responsável apenas pelo que me permito sofrer. Quem causou é que precisa se livrar desse peso, não eu.

Essa semana fui magoada e ainda doeu muito. Eu chorei, deixei doer, mas não segurei a raiva. Deixei ela ir embora. E assim será sempre que eu conseguir. É um treino. Quem não reconhece meu amor, quem não aceita minha forma de amar, quem não sente falta de mim, quem não se supera por mim, quem não se preocupa em saber de mim... é alguém em que o desapego é fácil. E torço pra que se dê bem na vida e seja feliz à medida do possível.

E quem está comigo, sabe da minha rotina, dos meus problemas e das minhas alegrias, que me ajuda a dividir o fardo, pra esses eu me desapego cheia de amor. E aqui o que não falta é amor.

Leca Castro - 14/01/14

2 comentários:

  1. Não é assim tão fácil simplesmente nos desapegarmos, mas acredito que de facto seja um treino...:D
    Beijocas*

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Já já eu libero ;-)

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