Pessoas já devem ter tido aquele momento em que lêem uma frase e queriam que tivesse sido escrita pra elas. Ou textos. Não falo de palavras que te traduzam, mas palavras direcionadas. Eu sou aquela colegial boba, que lê qualquer coisa escrita e fico viajando, querendo que tivesse sido escrito pra mim. Vejo um filme e fico querendo aquele final feliz pra mim. E penso: por que não? Momento da descrença. Momento do desmerecimento. Não se achar digno de algo bom. Normal.
Meu breque é quando chego nos "por quês". Sei que existem respostas e não cabe a mim questionar, e sim, fazer por onde. Por isso queria tanto minha vida ativa de volta. Queria poder ser responsável pelas consequências dos meus atos. Queria ter expectativas de retorno. Não tenho mais isso.
Não digo isso em tom de tristeza, mas de constatação. O difícil não é ter limites, mas descobrir que eles te levarão a uma inércia emocional. E posso afirmar, com categoria... não ver saída é como morrer em vida. Não há amigos que cheguem, não há família que sobreviva, não há distração que preencha. Se você não faz o que gosta, e se você não gosta do que faz, não há paz. Só silêncio.
Leca Castro - 21/01/15