08/05/2014

Não dizem que vaso ruim não quebra? Eu sou esse vaso. Quer dizer, até quebro e me desfaço em mil cacos, mas sempre me colo e volto a ser vaso. Tenho mais remendos que brilho, mais cola que barro. Nunca fui porcelana. Mas me colo do jeito certo, podem me encher novamente que não vaza nada. Só quando caio e me quebro uma vez mais. Até o dia em que meus pedaços forem tão pequenos que não houver mais formas de encaixe. Então, esse será o dia da minha morte.

Leca Castro - 08/05/14

07/05/2014


Meu próximo minuto é uma incógnita, não sei o que a vida me reserva. O que sei é que essa danada tem despejado coisas bem pesadas e minhas opções são carregar o peso ou não carregar o peso. E nunca fui de desistir, então estou carregando. É onde tudo começa a doer. Mas o que realmente incomoda é não ver mãos estendidas, é esbarrar com corações endurecidos, é se mostrar e o outro só ter olhos para o próprio peso. Até tenho soluções, mas quem disse que alguém se importa em achar um meio? Não existe mais paciência ao diálogo, ao entendimento e isso me apavora. Se não há mais lugar para essa tentativa nos corações, então não há mais esperança. Não consigo mais fingir que o peso é leve. Aliás, se me ver por aí, sorrindo, saiba que esse sorriso é minha forma de dizer que em você não encontro mais espaço.


Leca Castro - 07/05/14
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