15/04/2016



Belas, não apenas pelas pérolas que produzem, mas pela esperteza de viverem fechadas para o mundo, as ostras só abrem suas conchas para se alimentarem. E só nesse momento é que algum elemento estranho pode entrar e ser coberto por uma camada de madrepérola, depositado pela ostra, como forma de defesa. E depois de três anos, temos uma pérola.

Assim sou eu e assim são muitas pessoas. Sou ostra. Vivo meus dias fechada e quando me permito absorver algum alimento que venha de fora de mim,o faço por necessidade.



Não sou concha, sou ostra. Vou alimentando meu ser aos poucos e, raramente, algo estranho me toca e destilo minha proteção. Quantas pérolas já produzi? Não sei dizer, mas sei que esse "algo" estranho que me penetra, dali não sai mais.

Coleciono grãos... sou fechada. Preciso ser fechada. O externo me dói e manter defesa sempre armada é cansativo. Por isso vivo apenas dentro. Se abro, é apenas para sobreviver.

Leca Castro - 15/04/2016

14/04/2016


Entendo hoje que, um dia não ser igual ao outro não é apenas o fato de que as horas passam. Quer dizer também que nós mudamos internamente, que nunca somos os mesmos e que cada um de nós é diferenciado.

Significa que a cada dia temos a oportunidade de escrevermos nossa história de forma diferente.

Significa que o tempo faz com que tenhamos uma visão diferente dos fatos em função da vivência que vamos adquirindo.

Significa que depois de um ano inteiro sem direcionar uma palavra ao blog, volto de onde parei. Mas volto refeita de algo. Volto recomençando em outro algo. Mas o que mais importa é que volto.


Meu maior trabalho hoje é aprender a lidar com os "nãos" do meu caminho, mas uma Anja me mostrou (de novo) que posso fazer isso. E farei.

E que esse recomeço seja bem vindo. Sejam bem vindos comigo.


Leca Castro - 13/04/2016
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