14/11/2012


Primeiro pensamento do dia é que preciso voltar a ser produtiva. A inércia me corrói aos poucos, um tiquinho a cada dia, e cada vez fica mais difícil dar um passo. Abro os olhos e vejo a janela mal fechada, a fraca luz do sol escondida por entre as nuvens carregadas, o relógio no celular dizendo que ainda tenho alguns poucos minutos. Até o "mais um dia..." pode soar diferente dependendo da forma como for pensado. O meu foi arrastado. Não faço questão de espreguiçar e olho para o teto. Aquela frase famosa "Isso também vai passar" deveria estar escrita lá. Sempre quis fazer isso. Queria saber se olhar pra ela todo dia ao acordar faria alguma diferença. Rapidamente penso em tudo que me aguarda durante o dia e fecho os olhos novamente. Não quero levantar e começar essa rotina. Estico as pernas, mexo os dedos e, quando boto reparo, estou espreguiçando. Droga. Respiro fundo, prendo o ar e levanto. Mil coisas a fazer e repasso, mentalmente, a lista de tudo que vou lembrando. Sei que é inútil e que daqui a meia hora não lembrarei de metade, mas continuo pensando pra me manter acordada e alerta. Tenho muito o que fazer e no final das contas, mesmo reclamando, vou e faço. Então por que me sinto improdutiva? Por que não me satisfaço com o que faço? Perguntas sem respostas, respostas que se camuflam atrás de pressa e impaciência. O alarme soa e pego o celular com calma. Relembro em segundos as últimas mensagens trocadas. E entendo o motivo de me sentir inútil. O que tenho pra fazer hoje mesmo?

Leca Castro - 14/11/12
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