19/02/2014


Todas as pessoas que convivo pessoalmente sabem que não sou católica, e algumas do mundo virtual também. Mas não consegui resistir à fala do padre Fábio. E pra quem gosta de mim, de alguma forma qualquer, eu pediria muito que visse o vídeo pra que entendesse o que vou escrever agora. São apenas cinco minutos.


Ele fala da inutilidade que passamos a ter à medida que envelhecemos. E isso é fato. Vamos ficando inúteis. E falando de mim, ando ficando inútil antes de chegar na idade de ser idosa em função de uma doença. E é isso que vem me consumindo. O padre Fábio me fez entender isso com cinco minutos de papo. As pessoas vão se afastando e eu sinto que passo a não ter esse significado pra essas pessoas. Pra algumas até entreguei meu coração, sem hesitar. Pessoas que sei a utilidade que têm em minha vida e que sei também o que significam pra mim. Pessoas que poderiam ficar imobilizadas na minha frente e que eu ainda gostaria de ter ao lado. E não sinto isso da parte de ninguém em relação a mim. Por isso toda a tristeza que carrego. É como se fosse uma solidão antecipada. Não ter com quem contar e não ter tempo pra conquistar mais ninguém. Não ter esperança de conseguir ser útil e ter significado pra mais ninguém. É isso. Esse é meu discurso de hoje e a dor que venho carregando há dias. Ser inútil. Ser insignificante. Ser insuficiente. Ser eu.

Leca Castro - 19/02/14

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