02/07/2012


E eu saí... precisei sair... ficar em mim estava insuportável. Não no sentido negativo, mas 'tava tudo muito confuso, estranho. E o que mais me deixou perdida foi o fato de ser uma sensação nova. Depois de tanto tempo achava que não teria nada que não houvesse sentindo ainda, da dor ao amor. E agora? O que senti? Qual nome, palavra, expressão devo usar? E percebo que estou errada. Muito errada. Quero definir e colocar nomes em sentimentos. Sentimentos não merecem rótulos, ninguém merece rótulo, mas sentimentos principalmente.

Quantas faces tem o amor? Alguém sabe responder? Uma pergunta mais fácil então (mentira): qual a descrição do amor? Porque algo me diz que essa sensação, mesmo sendo diferente, não passa de uma nova manifestação do amor em mim. Surgiu após entrar sem permissão em um texto e pegar uma das personagens e jogar pela janela. Feito isso me ocupei desse lugar e me vi dentro daquele emaranhado de palavras, completamente onisciente do que me acontecia em volta. E me remeti a vários momentos e experiências pregressas. O mergulho foi tão fundo, tão profundo, que me faltou o ar e o nó formado da garganta não permitiu que a chuva fosse mais uma vez engolida. E sim, a chuva saiu. Mas saiu trazendo junto objetos do fundo do mar, já embrutecidos pelo lodo e pelo tempo em que estavam encrustrados na base daquele mar. Quanta coisa choveu... eram mais que lágrimas, muito mais. Tudo, mas tudo tão inebriante que torna-se complicado colocar palavras que mal conseguiriam traduzir esse momento. A mistura era tão grande que enquanto chovia, uma tempestade se formou e transformou aquele mar de emoções. E após a turbulência maior e inicial (sim, ela ainda está aqui), só consigo dizer que é difícil explicar o que não se consegue definir. Não consegue ou não quer? E novamente me perco...

Cadê meu chão?

Leca Castro - 26/11/11 (para o garoto encharcado)

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