03/07/2012


Não são apenas as borboletas que fazem reviravolta dentro de mim. Tenho também alguns dinossauros que conseguem me balançar de tão grandes que são. Mas dinossauros precisam ser extintos, ao contrário das borboletas que fazem um movimento gostoso aqui dentro. Cócegas de suas asas são uma delícia de sentir, mas a dor dos pés pesados não promovem prazer algum.

Vou ser sincera... a única forma de não ter dinossauros aqui dentro é não deixá-los entrar. Mas já viram como todo filhote é lindo? Perceberam que a entrada é a coisa mais simples desse meu mundo? Como negar guarida a um ser tão fofo? Ele entra e então alimento-o com minhas angústias, minhas ansiedades, minhas cobiças, minhas aspirações, minhas frustrações. Lógico que ele vai crescer e tomar proporções de acordo com minhas intensidades e justamente nesse ponto que se encontra o problema. Também, quem manda ser tão intensa em tudo?

Respiro fundo e fecho meus olhos para o mundo de fora. Tento ver o tamanho desse réptil que criei e fomentei no mundo aqui de dentro e ele é bem arisco e pouco domesticado. Cabe somente a mim amansar essa fera e crescer a seus olhos. Sim, preciso aumentar meu tamanho para que a ameaça seja controlada e eu possa, enfim, direcionar o rumo desses problemas de "casca grossa". Eles não morrerão mas deixarão de ser grandes a ponto de me provocarem medos e náuseas. Que andem por mim e me explorem, mas serão meus e o farão sob meu comando. Só eu tenho poder para domar as feras dentro de mim. Quero ser mansa...

Leca Castro - 06/02/12

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