03/07/2012


Engraçado essa questão de valores morais que são passados pelos pais, pelas escolas e pela sociedade. Claro que a Ética possui explicações várias para justificar e fazer-nos entender a conduta humana, mas para prosseguir no raciocínio, basta entender que a moral é a qualidade dessa conduta. E ontem uma conversa me fez ver que os valores estão definitivamente deturpados. Que espécie de educação é essa da atualidade onde desde criança já se aprende que brigar, atirar, socar e matar são atos comuns e banais e quando se chega na adolescência os verbos em alta são chapar, pegar, ficar e enganar?

O que vemos de adolescentes ainda crianças no comportamento e adultos vivendo ainda tardiamente na adolescência é algo cabuloso. E sabe o que torna-se comum? A consciência permitir que se invista em uma pessoa mesmo ela sendo comprometida. E pior ainda é achar nessa pessoa comprometida, a correspondência. Caramba... desde quando isso se tornou tão corriqueiro, tão normal, tão sem culpa? Claro que ninguém aqui pré-define a quem vai gostar, ou vulgarmente falando, a quem vai amar. E digo ser vulgar porque dizer que ama passou a ser trivial, como se amar fosse algo simples que se conquista em uma velocidade estonteante e apenas palavras bonitas de despedida são suficientes pra sustentá-lo. Então você pode dizer a vinte pessoas em uma rede social que as ama e escolher uma em específico para amar como parceiro. Sim, parceiro, porque o termo "companheiro" também não é vivenciado mais.

E então volto aos valores morais de hoje, onde os pais, que deveriam ser responsáveis por implantar essas idéias desde o nascimento, negligenciam essa responsabilidade e transfere-a a uma babá, à escola, a uma TV e um vídeo-game. Não me admira que os adolescentes se percam. Bendito sejam os que apenas se acham perdidos, esses ainda conseguem se reeguer para encarar o mundo adulto como se deve. Mas o futuro é algo que assusta, não consegue-se vislumbrar o senso de justiça, de Ética, daqui a quinze anos sem ponderar a base dos seres viventes de hoje. O convite é para reflexão sim: até onde estou sendo Ético com quem digo amar? Minha postura, na prática da convivência, tem sido uma postura coerente com o respeito ao outro?

Não quero levantar idéias para discussão, apenas para meditação. Faz-se necessário, com urgência, uma mudança nessas atitudes em relação aos que nos rodeiam, pensem nisso. E não briguem por tão pouco. Cada um tem condição de tomar decisões e se manter ou se deviar no caminho correto de acordo com a Ética estabelecida, vai da consciência de cada um. Então, que cada um se posicione e consiga agir conforme suas conclusões porque as idéias devem brigar entre si. Nós não.

Leca Castro - 09/01/12

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