03/07/2012


Não foi um ano fácil, nem tem sido um final de ano menos difícil, mas o que realmente importa é que chegamos aqui. Não está sendo uma chegada na reta final em que me encontro inteira, pedaços de mim ficaram pelo caminho. Fui me perdendo aos poucos, deixando pontas que foram desbastadas em conflitos. Arestas que foram aparadas em atritos.

Mas não é assim que nos lapidamos? A pedra bruta não precisa sentir a dor do atrito para poder brilhar? Então, que venham os conflitos, as divergências, as intempéries, os desentendimentos, as confusões, os amores conquistados, os amores perdidos, tudo que me desbaste. Quero continuar a sair inteira, porém com menos pontas, provocando menos dores, machucando menos os que se aproximam de mim.

E que essa "virada" de ano que se reinicia seja carregada de novas experiências, novos amores, novas conquistas boas e perdas do que realmente me sobra. Trago comigo marcas graves e doídas esse ano, mas também levo em mim tatuagens de encontros inesperadamente bons, intensos e marcantes. Pelas cicatrizes e pelos desenhos expostos em mim, agradeço. Tudo isso me torna o que sou: uma pedra bruta sendo burilada pela vida e pelas pessoas que escolho para viver comigo.

Um "muito obrigada" aos que vieram e se foram. Marcaram. Um "permaneça" aos que souberam enfrentar as pedras de Drummond junto comigo. Que cada um de nós consiga mostrar seu brilho em cada lascada da vida. E que cada brilho renove a força de continuar caminhando. Junto...

Leca Castro - 24/12/11

Categories:

0 comentários:

Postar um comentário

Já já eu libero ;-)

RSS Feed Siga-me no Twitter!