03/07/2012


E onde se escondeu nossa vontade? Aquela ânsia em amar, ser amado e viver de amor? Quando chega a hora de dormir e fecho os olhos, não é você quem vem à minha mente, mas sua imagem fixa, a mesma desde que decidi me fixar nela. Para quê olhos tão intensos se não posso vê-los de perto, olhando para mim, afundando-se em mim? Olhos que sugaram-me por tantos anos, que desnudaram-me por completo, que souberam ler minha alma. Jamais alguém olhou-me da mesma forma.

Você dizia que era tímido e não sabia dizer coisas importantes olhando nos olhos, mas descobriu junto a mim que isso apenas aconteceu por ainda não ter amado de verdade. Nunca um "eu te amo" (tão banalizado hoje) foi dito com tanta intensidade por lábios como os seus e confimados por um olhar como o seu. Você enfim, aprendeu.

Juntos fomos apresentados ao que existe de mais puro entre os sentimentos e soubemos que respeito a quem se ama é apenas consequência. Sempre que dávamos as mãos selávamos um compromisso silencioso de não-abandono, de cuidado, de companhia. Seremos companheiros eternos por termos feito um pacto mudo de amor para sempre, que apesar de não ter sido verbalizado, grita mais que a saudade que habita em nós. Sempre te amarei.

Leca Castro - 23/02/12

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