Em minha testa pairam gotículas de um suor bem quisto, resultante de uma febre onde você se torna personagem central. Ambiciono arder dessa forma todas as vezes que os vírus me atacarem, ou até mesmo quando eles nem existirem. Ignoro se alucinei ou se foi apenas meu desejo ardente que se manifestou através da pele, que emanava calor durante toda a noite cheia de indeterminações e incógnitas. Apenas sei que a volúpia provocada aqui dentro reflete a agitação não menos quente em que meu coração se encontra. A suadeira se mantém e o termômetro indica que estou sã. Claro que começo a rir da situação e de como meu corpo reage quando se trata de você. Enxugo a testa e deito novamente, desejando fervorosamente que essa febre malsã retorne, insista e se prolongue, ao menos até o sol queimar.
Leca Castro - 18/07/12
Leca Castro - 18/07/12
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