10/09/2012


Incrível como sou menina em corpo de mulher. Pra algumas coisas eu não consigo (e não quero) crescer jamais. Fico encantada quando vejo a paixão em olhos adolescentes e a facilidade em achar que tudo é ao extremo. Aquele ser que corresponde ao amor é o parceiro de toda a vida; depois daquela briga com a melhor amiga nunca mais haverá uma amiga melhor; aquele beijo inesquecível assim será até o próximo que fizer melhor; ouvir uma negativa aos seus desejos será o maior trauma na vida; aquela dor da cólica é a pior experiência do mundo. São esses exageros que fazem essa fase ser tão importante, onde tudo é descoberta, onde tudo servirá de experiência. E antes que me perguntem, não, não estou deixando de viver a minha vida pra lá de adulta, nem vivendo na vida de alguém, apenas sou admiradora da adolescência e do que ela acarreta ao futuro adulto.

Mas vivo minha vida mesmo com um pé nas relações com esses queridos. Uns experimentando momentos mais difíceis que outros, outros com uma vivência mais leves que uns. Às vezes canso também, preciso conviver com os da minha altura em tempo. Ser pequena também para alguém. Chorar minhas dores e mágoas. Ser ouvida e ser lida nas entrelinhas. Coisas que só a vivência e o tempo proporcionam. Também preciso de quem se encante por mim. E comigo.

Leca Castro - 10/09/12


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