08/09/2012

Onde foi que o simples se perdeu? Lembro que durante minha adolescência fazíamos questão de conhecer novas pessoas pelos seus gostos mais básicos, como a comida preferida, o livro, a cor, o filme, a flor. Hoje esses quesitos se tornaram insignificantes, banais, e até mesmo ridículos para algumas pessoas. Mas são detalhes que dizem muito sobre quem somos e sinto falta de partilhar algo assim. Acho que as pessoas que convivo hoje não imaginam que a flor que mais gosto é a Miosótis e que ela é carregada de uma simbologia lendária, com um significado profundo que só quem busca entende o motivo de ofertá-la a alguém. Lembro que a última pessoa que teve interesse em saber qual perfume gosto de usar contou-me que foi até a perfumaria e comprou um pequeno frasco para que pudesse me sentir mais perto. E claro, fiz o mesmo com o perfume preferido dele. E quando nos encontramos fazemos questão de usar os perfumes respectivos. Olhem que fantástico! Para que então complicar tanto logo no início? Por que tanta urgência em descobrir o que é ainda obscuro no outro? E o prazer de conviver, de aprender, de revelar? De revelar-se. E é tão simples… Porque se relacionar é difícil, mas aprender a gostar é muito fácil.

Leca Castro - 15/08/12


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