Hoje não estou triste nem desesperançada. Pessimista nunca fui, apesar dos que me julgam acharem isso. Mas estou com preguiça. Daquelas preguiças bem mortais mesmo. Não apenas preguiça de fazer algo que haja dispêndio de esforço físico, mas também de esforço mental. Preguiça de pensar em tudo que já foi e do que pode vir a ser.
Não estou triste mas também não há alegria por aqui. Sou agradecida pelo muito que conquistei e também pelo que ultrapassou meu mérito. Mas isso não me torna uma pessoa alegre. Tá, eu finjo às vezes, mas por necessidade. Eu realmente não entendo o nível de carência das pessoas para que demonstrem tanta tristeza em suas vidas. Quantas vezes já perguntei: "Por que está triste? Aconteceu algo?" e ouvi como resposta: "Eu não sei o motivo, apenas estou triste e com vontade de chorar.". Foram inúmeras vezes. Se não existe um motivo aparente, não é melhor colocar um sorriso no rosto e deixar que pensem que você está bem? Ou ao menos formular uma resposta melhor? Ainda acredito que atraímos o que pensamos e verbalizamos. Demonstrar otimismo nunca é demais.
Retomo o assunto da preguiça. Não é só a preguiça mental que aportou hoje, mas também aquela que me desanima de sentir. Acho que, por sentir tanto, as forças se esvaem. E a falta de forças acarretam desânimo, que por sua vez, gera preguiça. Eu realmente não estou triste e sei que isso já é muito. Mas procuro por mais forças que me tirem dessa inércia de pensamentos e sentimentos. É como se ficasse esperando o tempo passar e ouvindo a voz do Raul dizendo que espera a morte chegar. Isso não me cabe. Espero mais da vida. Espero mais de mim.
Leca Castro - 30/09/12
Leca, eu também acredito que o pensamento e a palavra são capazes de formar/reformar o que nos cerca. Desejo que a alegria venha moldar seu outubro em manhãs de sol. No mais, as pessoas que tendem a julgar outras, tomam a medida delas mesmas. Fazer o quê. Bj e uma boa semana!
ResponderExcluirVocê, sempre fantástica, Ehre! Obrigada e outro beijo.
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