08/09/2012

Minha maior utopia é existir em um mundo onde pessoas sintam prazer em ir até o outro e oferecer um mero ‘bom dia’. Onde gostem de despertar lá dentro do amigo o que ele tem de melhor. Um mundo em que a palavra de ordem seja respeito a tudo e em tudo: ao tempo de cada um, aos desejos e à falta deles, aos defeitos e às qualidades, aos erros e aos acertos, ao choro e ao riso. Quero pessoas que se esforcem em expressar o que sentem, mesmo que as palavras saiam tortas. O respeito saberia entendê-las. Não haveria freio para o sentimento e nem medo de senti-lo. E eu e todos saberíamos disso. Nesse mundo as pessoas iriam se anular (não que isso seja o correto, mas seria o melhor) para que ninguém se apercebesse de suas dores. E essas dores se dividiriam em corações certeiros e eles, por sua vez, nunca deixariam de existir. Poupar o outro é gesto nobre e raro. Um mundo onde os limites fossem apenas os de não ferir, e todo o resto fosse liberado, até mesmo amar sem limites. E as convenções, essas não existiriam mais. Tolos somos em viver em função delas. Eu já conheço gente que faria parte desse mundo, com tranquilidade. Existem Marias e Joões ao meu redor que me mostram em atitudes e falas que existir é muito pouco. Então corrijo minha fala inicial: minha maior utopia é viver em um mundo feito de Marias e Joões. E de muitas Camilas.

Leca Castro - 01/07/12


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