07/09/2012

Viver é um ato solitário e por mais que você diga que não consegue viver sozinho, é exatamente sozinho que você viverá. Outras pessoas podem até ajudar a fazer esse enfrentamento perante a vida, mas os passos quem dão somos nós mesmos. E mais outras pessoas podem servir de apoio, mas o ato de caminhar vem de dentro, onde somente nós temos acesso. Essa maldita mania de achar que dependemos de alguém ou alguéns ainda há de nos enganar por muito tempo. Enquanto dependermos de outros para achar que só assim damos conta de fazer algo ou sermos algo nesse pedaço de terra que nos abriga e consome ao mesmo tempo, não estaremos vivendo. Estaremos sobrevivendo. E se não existem alguéns também não existem ninguéns que me impeçam de seguir adiante rumo a um local ainda obscuro mas que só se descobre quando se chega lá. Quem pode prever o futuro? Quem pode dizer que meu ponto de chegada é no mesmo lugar do outro? Quem pode dizer que não valeu a pena? Apenas por andar, já vou me fortalecendo. E quanto mais rápido isso for entendido, mais ganho se tem nesse caminhar. Cerque-se de pessoas, ou não. Deixe entrar apenas as que te fazem crescer e despertam aí dentro o que você tem de melhor. Mas não dependa delas para caminhar. Cada um tem seu próprio caminho a seguir mesmo que os destinos sejam os mesmos. Dê as mãos, mas impulsione seus pés para frente independente disso. Converse para distrair, mas mantenha seus olhos adiante evitando se machucar com os obstáculos. Promova interseções nos outros mundos, mas valorize aquele espaço que é só seu. E é esse espaço que ninguém entra, não tem como. Esse acesso só você consegue fazer, é restrito. E é aí onde tudo toma forma e acontece. Todas as suas decisões se confrontam nesse pedaço intransponível a todos os alguéns e somente a partir daí é que sua vida toma rumo. Viver é um ato solitário, caminhar perante a vida sozinho é uma opção.

Leca Castro - 13/06/12


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