07/09/2012


Adaptação sempre será um ato difícil e, dependendo de como lido com esse momento, posso complicá-lo imensamente. São necessários ajustes, encaixes, e não tem como juntar as peças de maneira desordenada ou achar que a vida se encarregrá de fazer isso por você. Há a necessidade de esforço.
Imagino me adaptar a você da seguinte forma… a vida me dá de presente você, um quebra-cabeças gigante, com milhares de peças pequeninas. Qual a melhor forma de montá-lo? Se deixar tudo ali, amontoado, a única coisa que ira acrescentar é poeira. Penso e descubro que o primeiro passo é revirar e desvirar cada peça, preciso ao menos deixar cada parte, cada pedaço de você visível aos meus olhos. Algumas peças até consigo vislumbrar de onde fazem parte, mas outras não me dizem nada ainda. E começo a montar as beiradas até delimitar o contorno da imagem e quando encaixo a última peça da moldura, chega o momento de passar a nova fase.
E é assim que vou te descobrindo: adequando cada peça na outra, harmonizando a imagem do seu caráter dentro de mim. Descubro seus valores, as conquistas, as angústias, os medos, as inseguranças, as falhas, a bondade, a pureza. Descubro cada parte de você ainda virgem, imaculada, gritando pra que seja explorada. E assim vou me adaptando a você… e aguardo, ansiosamente, uma dica, uma luz de onde devo começar a montar a parte interna. Quero te enxergar, te descobrir, te fazer visível a mim. Quero me adaptar…





Leca Castro - 08/06/12






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