08/09/2012

Perdi minha muleta. 

Enquanto andava de forma tortuosa e trôpega, sem perceber, achava que era ela que me sustentava. Os outros diziam que eu ficaria bem sem o cigarro mas nem de longe eu acreditaria nisso. Era o amparo que tinha, precisava dele pra continuar a andar. E foi quando a situação ficou insustentável que abri mão desse apoio, abri mão de fabricar fumaças dentro de mim e soprá-las adiante. Posso parecer incoerente, mas mesmo precisando abdicar reconheço que muito me fez bem, independente da proporção em relação ao mal.


Perdi minha muleta ao mesmo tempo em que me achei.


Leca Castro - 21/09/12


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