07/09/2012


Perdida em meus pensamentos continuei após conversar com uma garota de 16 anos, mas com sensibilidade de muito mais. E justamente sobre idade correu solto nosso diálogo da noite trazendo inspiração para reflexões ainda confusas. Então pensei em digitar para que a escrita ajudasse a clarear os borrões ainda existentes acerca do assunto dentro de mim.
Havia questionado a M. o quanto a idade poderia influenciar uma relação e é claro que eu direcionava minha fala fazendo alusão às questões de ordem práticas, ao cotidiano, aos problemas que existem e poderão existir advindos de uma relação tão contraditória. Não consigo ser diferente nessas horas, preciso ser prática e objetiva.
Então M., com sua imaginação pra lá de fértil e seu coração adoçado pela mansidão de sua alma me diz: “É só olharmos pra dentro. Nós temos direito sobre o corpo e a mente, oras!” E concordei. Claro que temos esse direito e obviamente olho pras nossas almas com idades, desejos e experiências diferentes. Concordei, mas não mudou minha forma de encarar o problema em si, porque até então ainda era um problema (pra mim).
Quem disse que M. se satifez? Claro que não… (…) E encerrando o papo, M. me disse, com ênfase e com um argumento que impede qualquer rebatimento:
- Não concordo com seu pensamento. Ninguém deveria julgar pela idade mas pela capacidade ainda existente de amar. Existem jovens que estão à beira da morte para o amor, enquanto existem adultos experientes que estão tão abertos que parecem adolescentes virgens e sedentos por essa partilha. Deveria haver uma idade chamada “certa”. Aí, quando perguntassem quantos anos você tem ou quantos anos é a diferença entre vocês, bastaria dizer: “Eu estou na idade certa!”
Calei-me…





Leca Castro - (antigo)






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